DESENVOLVIMENTO FÍSICO E COGNITIVO NA VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA: REFLEXÕES NA PERSPECTIVA DA MEDICINA

Authors

  • Mateus José dos Santos Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis (FAFIPE) https://orcid.org/0000-0002-2326-3925
  • Bárbara Baptista Lopes Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis (FAFIPE)
  • Isabella Galvão Crisóstomo Belinelli Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis (FAFIPE)
  • Maria Luiza Ferreira Milhorança Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis (FAFIPE)
  • Natanne Dias Meira Miguel Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis (FAFIPE)
  • Juliana Pardo Moura Campos Godoy

Keywords:

Desenvolvimento físico, Desenvolvimento cognitivo, Vida adulta intermediária, Medicina

Abstract

INTRODUÇÃO: A vida adulta intermediária pode ser compreendida como uma etapa em que cabe ao indivíduo assumir novos desafios nas dinâmicas a que está submetido, conduzindo a uma cristalização dos conhecimentos obtidos nas experiências prévias de vida. Nesse cenário, na vida adulta intermediária, a inteligência do adulto se encontra em seu ápice, o que torna os indivíduos deste grupo mais capacitados em seus trabalhos e ocupações em virtude da bagagem de conhecimentos acumulados. Além disso, são mais desinibidos e conseguem expressar com maior facilidade os seus sentimentos. Não obstante, observam-se também  transformações sensoriais, psicomotoras e fisiológicas que acometem o adulto em sua meia idade, as quais podem indicar o aparecimento de agravos à saúde. OBJETIVOS: Este estudo traz como objetivo a análise do capítulo “Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Vida Adulta Intermediária”, da literatura "Desenvolvimento Humano” de Diane E. Papalia e Ruth D. Feldman, sob a perspectiva do contexto médico-clínico, de forma crítica e analítica. MÉTODOS: Realizou-se a leitura da obra, com enfoque nos aspectos do desenvolvimento humano. Concomitante a isso, foi realizada uma discussão em grupo entre os autores da presente publicação com a finalidade de consolidar os conteúdos e de assimilar as informações do material. O artigo aqui apresentado levou em consideração todo o conteúdo do capítulo analisado, dividindo suas observações em tópicos que foram frutos das discussões que se seguiram. RESULTADOS: O estudo sobre o desenvolvimento físico e cognitivo na vida adulta intermediária, sob a perspectiva médica, permitiu identificar importantes transformações biológicas e psicossociais que ocorrem entre os 40 e 65 anos. A meia idade é caracterizada pelo auge da inteligência cristalizada, somado a mudanças sensoriais e motoras, que afetam tanto a saúde física quanto a mental. Verificou-se, também, que a meia idade é predefinida a partir de aspectos socioeconômicos e de qualidade de vida, sendo que em condições de maior vulnerabilidade social a meia idade tende a ser mais precoce para determinados indivíduos. CONCLUSÃO: A discussão científica sobre a vida adulta intermediária enfrenta desafios complexos, especialmente devido à natureza multidisciplinar do tema. A integração entre ciências humanas, biológicas e sociais é essencial, mas a falta de consenso sobre definições e critérios diagnósticos, somada à diversidade de fatores socioeconômicos e culturais, desafia a construção de abordagens universais. Ainda assim, o estudo identificou importantes alterações em relação à saúde do indivíduo em sua meia idade, incluindo mudanças tanto nos aspectos físicos quanto mentais. Dessa forma, discutir o desenvolvimento humano, especialmente na vida adulta intermediária, sob a ótica da medicina, é vital para melhorar o cuidado integral do paciente. 

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Published

2025-05-30